Bhakti-Yóga

O Bhakti-Yóga prega que a meta final de todas as religiões pode ser alcançada pelo amor e a adoração ao Supremo Absoluto, que é o Criador e o Governador do fantástico e cíclico universo fenomenal.

O Cristianismo, o Judaísmo, o Maometismo e outros sistemas dualistas de religião, quando apregoam a adoração de um Deus pessoal estão, consciente ou inconscientemente, pregando o Bhakti-Yóga e dirigindo seus adeptos por este caminho.

No Bhakti-Yóga aprendemos que todos os sentimentos, bons ou maus, podem ser dirigidos a Deus.
O verdadeiro adepto desta prática reconhece que o amor e a adoração de qualquer uma das concepções da Divindade é uma forma de Bhakti-Yóga, considerando todos os homens como adoradores do Absoluto, mesmo aqueles mais rudes e selvagens, pois eles se encontram nos mais elementares degraus do saber.

Sua força motriz é apenas o amor e, por ele, rompe as cadeias do egoísmo, escapando da lei do Karma e alcançando a libertação.
O que um Raja-Yogue consegue após anos de prática, um Bhakti realiza em pouco tempo, por meio de grande devoção e amor.
Apesar dessa vantagem, o Bhakti-Yóga traz em sua essência uma perigosa semente que pode transformar-se em um hedidondo fanatismo, levando as pessoas a perderem todo o poder de julgamento.

As formas do Bhakti

O Bhakti-Yóga divide-se em dois grandes ramos ou graus:

1) Preparatório (Gauni) - que consiste na ciência do amor e da adoração, mediante
a concepção mental de Deus como um ser pessoal – um “Deus pessoal”
2) Supremo (Parâ) - consiste na adoração e no amor a um Deus impessoal – o Absoluto.

O homem cria uma concepção de Deus pessoal, transmitindo então, nesta concepção, suas características mais marcantes. Estes deuses criados amam ou odeiam as pessoas e as coisas que seus criadores também amam ou odeiam.

O verdadeiro estudante de Bhakti-Yóga, compreenderá este processo e terá a mais viva simpatia e tolerância para com aqueles que buscam a Deus, qualquer que seja o caminho e o método adotado.
O homem desenvolvido não separa os diferentes matizes e considera todos os que amam a Deus, independente de seus credos, como andarilhos da mesma estrada.

Podemos perceber, felizmente, que a cada ano que passa, mais larga e mais elevada se torna a concepção de Deus formada pelo homem.

Nos últimos anos se realizou uma grande transformação neste sentido. Não ouvimos tanto do Deus que queima e castiga seus filhos em chamas eternas, mas ouvimos sempre mais do Deus de Amor e sempre menos do Deus de ódio e de ira. O homem deve ser ensinado a amar a Deus, em vez de temê-lo.