Karma-Yóga

Karma-Yóga é o Yóga da ação. Ele parte do princípio de que a vida é ação, sendo a inatividade, a própria negação da vida. Desta forma, o amor a meditação, o discernimento, o andar, o comer, o falar, ou o exercício de qualquer função orgânica, são Karma.

Uma outra significação é o fato de que a toda ação corresponde uma reação. Nenhuma ação pode ser separada de seu resultado, pois não há causa que possa ser desvinculada de seus efeitos.
Bem e mal produzem seu karma: boas ações desdobram-se em bons efeitos e as más ações acarretam-nos maus efeitos.

Existe uma falsa noção de que a Lei do Karma, hoje muito comentada no Ocidente, seja um sistema de castigo decretado e administrado pelos poderes espirituais. Isto é um erro, pois apesar de o karma se apresentar, às vezes, como um ato de punição, não há nele elemento de vingança ou algum plano de “quitação” divina. É simplesmente o resultado da “lei de causa e efeito”.

Na Índia antiga, todo homem ao nascer contrai uma dívida tripla:

a) dívida com os deuses - e todas as forças cósmicas que fornecem o ambiente natural, a terra, o ar, as águas e o próprio corpo
b) dívida com os ancestrais - que fornecem a qualidade relacionada à espécie humana, veiculada por meio do sêmen
c) dívida com os sábios - que transmitiram à civilização o conhecimento dos valores superiores.

Antes de procurar qualquer coisa para si próprio, o homem deve saldar essas dívidas para que na hora da morte, possa deixar este mundo num estado senão melhor, pelos menos tão bom quanto aquele que encontrou. Um grande exemplo de Karma-Yogue é Buda (Sidharta Gautama)